quarta-feira, 15 de maio de 2013

Benfica e o meu Pai. Sempre.

Por certo já passaram mais de 25 anos desde a última vez que fui ao Estádio da Luz com o meu pai. Chegar ao estádio com 3 horas de antecedência. Comer uma bifana e beber um Green Sands antes de entrar . Cachecol no pescoço e almofadinha debaixo do braço. E sempre a esperança que daí a pouco estaria a comemorar alto e bom som os golos do meu Benfica.

Quando as coisas corriam mal, 10 minutos antes de acabar o jogo já nós estavamos a dobrar as almofadinhas e a subir a bancada para encontrar a porta de saída e fazer uma viagem até casa onde nada se dizia, enquanto no rádio se ouviam os comentários ao jogo.

A última vez que vi o Benfica a ser campeão com o meu Pai foi em 1996, era o Toni o treinador, e nós ganhavamos sempre no último minuto (muitas vezes, não viamos o golo da vitória porque os nervos do empate ou da derrota, como já disse, faziam o meu pai sair do estádio mais cedo!).

Hoje, passados tantos anos, e já sem o meu pai, sinto um nervoso miudinho porque o meu clube do coração vai disputar um título europeu. Depois de uma derrota no Dragão que pode ter comprometido o campeonato, a minha confiança e convicção que vamos trazer a Taça para casa é inabalável.

Lá em casa, vai ser um serão de caracóis e bifanas, acompanhada por um benfiquista que sofre tanto ou mais que eu - o meu Tomás - e por um lagartito que logo pela manhã quis apostar 1 euro comigo como hoje ganha o Chelsea, o Salvador!

Hoje é dia de sofrer pelo Benfica. Hoje é dia de sofrer (ainda mais) de saudades do meu pai.

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