terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Zé Pedro!

Tenho este blog há mais de 10 anos...a minha adesão ao facebook fez com que este espaço ficasse um bocadinho abandonado, embora sempre presente na minha mente, mesmo que arrumadinho lá no fundo.

Sei que, cada vez que acontece alguma coisa muito importante na minha vida, eu pense - mesmo que nem sempre concretize -  tenho que ir escrever sobre isto... Chego agora à conclusão que de diário, este blog passou a "livro" de memórias.

E o dia 30 de Novembro, será sempre um dia em que aconteceu "alguma coisa muito importante na minha vida": morreu o Zé Pedro, fundador e guitarrista dos Xutos e Pontapés.

Quem me conhece sabe que sou (e serei sempre) uma fã incondicional deste homem! Não me lembro da minha vida sem o Zé Pedro presente... pode pensar-se que aos 44 anos já não tenho idade para "ídolos" ou "paixões por figuras públicas". Pois digo-vos, que o Zé Pedro nem é uma coisa, nem é outra! O Zé Pedro foi sempre aquela pessoa por quem senti uma grande proximidade (e o mais perto que estive dele foi nas primeiras filas das dezenas de concertos dos Xutos a que assisti) e uma compreensão e carinho e amizade que, agora que começo a pensar bem, é difícil de descrever quanto mais de entender pelos outros!

O final de tarde do dia 30 de Novembro foi difícil. A morte do Zé Pedro chocou de frente comigo. Um choque que me levou de novo aos concertos dos Xutos a que assisti (o primeiro foi em Vialonga, com o meu irmão em 1980 e tal....); lembrou-me omeu primeiro álbum de Xutos, o «Circo de Feras» em cassete, comprada no Círculo de Leitores, no final dos anos 80; levou-me aos muitos concertos de encerramento da Festa do Avante; levou-me às páginas do livro "Não sou o único"; aos concertos que levei a minha afilhada ainda pequenina a aos outros em que já era uma Mulher e que já sentia a mesma paixão pela música dos Xutos (e pelo Zé Pedro, também!); levou-me ao primeiro Concerto que vi com o meu Paulo (tinha de ser Xutos!), em Odivelas; ao concerto do 35.º Aniversário dos Xutos no Meo Arena com os meus filhos... a verdade é que não me lembro de mim sem o Zé Pedro!

Percebi - agora percebi - que esta minha amizade pelo Zé Pedro é notada por todos. Tinha mais de 10 chamadas não atendidas no meu telemóvel naquela tarde do dia 30; encontro pessoas que ainda hoje me dizem que quando ouviram a notícia se lembraram logo de mim;

Desde dia 30 que acordo sempre a pensar "caraças, pá! morreu o Zé Pedro, como é possível?!"

O final de tarde do dia 30 de Novembro foi difícil. E continua a ser difícil. Não me consigo conformar.  Meu querido Zé Pedro, vais fazer-me falta!


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