Tendresa (ternura)
É longo o caminho que vou deixando para trás
mas quero-me ligeiro da sua bagagem
que de nadam valem tantos azares
nem os velhos caminhos, nem o azul do mar
se dentro não sinto como bate,
a frágil arte da ternura
Do teu amor espero tudo e tanto
que escrevo uma canção para o meu entardecer
amo a ânsia dos teus olhos
o impúdico arco do teu corpo nu
mas amor, amo-te ainda mais e mais ainda
sabendo-te escravo da ternura
Do doce latido da ternura
que espera
a ternura
que celebra
a ternura
que nos cura … quando nos dá medo a solidão
O Mundo que vivo, não o sinto como meu
e conheço os porquês de uma revolta
miséria e guerra, fome e morte
fascismo e ódio, raiva e medo
rejeito um Mundo que chora estas tristezas, que tristeza...
Mas de repente chega a ternura
Ah, se não fosse pela ternura
que espera
a ternura
que celebra
a ternura
que nos cuida … quando nos dá medo a solidão.
( Lluis Llach)
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