terça-feira, 27 de novembro de 2007

Ternura.

Tendresa (ternura)

É longo o caminho que vou deixando para trás
mas quero-me ligeiro da sua bagagem
que de nadam valem tantos azares
nem os velhos caminhos, nem o azul do mar
se dentro não sinto como bate,
a frágil arte da ternura

Do teu amor espero tudo e tanto
que escrevo uma canção para o meu entardecer
amo a ânsia dos teus olhos
o impúdico arco do teu corpo nu
mas amor, amo-te ainda mais e mais ainda
sabendo-te escravo da ternura

Do doce latido da ternura
que espera
a ternura
que celebra
a ternura
que nos cura … quando nos dá medo a solidão

O Mundo que vivo, não o sinto como meu
e conheço os porquês de uma revolta
miséria e guerra, fome e morte
fascismo e ódio, raiva e medo
rejeito um Mundo que chora estas tristezas, que tristeza...

Mas de repente chega a ternura

Ah, se não fosse pela ternura
que espera
a ternura
que celebra
a ternura
que nos cuida … quando nos dá medo a solidão.

( Lluis Llach)

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